O rei dos rios
Medição de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais conclui que o Rio Amazonas é o mais extenso da Terra. E olhe
que eles também aumentaram o comprimento do Nilo...
Leonardo Coutinho
Tudo indica que o Amazonas é o rio mais longo do planeta, e não o Nilo, como ensinam os livros de geografia. Na semana passada, um grupo de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou os resultados de dezesseis anos de pesquisas, durante os quais retraçou o curso do Amazonas de sua foz, na divisa do Pará com o Amapá, até a nascente, nas cabeceiras do Rio Apurimac, no Peru. Com base em imagens de satélite e uma pesquisa de campo na Cordilheira dos Andes, os cientistas do Inpe concluíram que o rio sul-americano é 592 quilômetros maior do que se supunha. O grupo aplicou os mesmos critérios ao Nilo e descobriu que ele também estava subdimensionado. No seu caso, em 202 quilômetros. A diferença entre ambos passou a ser de 140 quilômetros – em favor do Amazonas.
O Inpe só apresentará oficialmente o trabalho à comunidade científica em setembro, durante o Simpósio Latino-Americano de Sensoriamento Remoto. Os cientistas responsáveis pela medição se anteciparam à ocasião e conseguiram que o Instituto Geográfico Nacional do Peru e a Agência Nacional de Águas chancelassem os seus resultados. Também enviarão o trabalho à Royal Geographical Society e à National Geographic Society, que mediram o Nilo e o Amazonas pela primeira vez. Repassaram, ainda, a informação à Enciclopédia Britânica. Se a medição dos brasileiros for reconhecida por todos, é provável que não demore muito para que a famosa coleção passe a considerar o Amazonas, além de o mais caudaloso, o maior rio do mundo.
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